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Sou a Carolina. Tenho 32 anos. Casada. Mãe de 3 filhos. Atualmente a viver à volta do mundo. Passaram 5 meses desde a nossa partida e a pessoa que saiu de Portugal não é certamente a mesma que vos escreve hoje. A ideia desta viagem surgiu primeiro para ter tempo em família, ter tempo para os meus filhos, para os descobrir e ver crescer.

Mas também eu cresço todos os dias, também eu me descubro a cada momento e experiência. E se eu já era uma pessoa que colocava regularmente tudo em causa, nesta viagem todos os dias penso no mundo em que vivemos e naquilo que vamos deixar para os que ficam e/ou que aí vêm. Ok pensam muitos, lá está mais uma a falar disto. Até pode ser verdade, mas gosto de pensar alto e partilhar o que me vai na cabeça. Nesta viagem as questões ecológicas são todos os dias motivo de conversa. Ora porque estivemos em primeiro lugar num país altamente poluído (Tailândia) ora porque estamos em países que são o oposto e que se preocupam tanto com a natureza e os animais (Austrália e Nova Zelândia). Cada vez mais sinto maior empatia com os animais, não sei se será pelo facto de em Portugal acabarmos por ter pouco contacto com animais, a comparar com estes países onde temos contacto permanente com inúmeros animais selvagens. Onde se sente ainda que pessoas e animais vivem no mesmo espaço. Isto faz-me pensar na minha alimentação. Não sou vegan, conheço algumas pessoas que o são. Não minto gosto de comer bem, gosto de uma boa carne e de um bom peixe, mas se isso faz com que o planeta acabe mais cedo, faz-me pensar se não devo parar. Há dias que acho que sim outros que as glândulas salivares falam mais alto. Não teremos todos o direito à vida? Ou fazemos parte de uma cadeia alimentar e tudo faz parte da vida? Questões às quais não sei responder, mas pelas quais a minha mente se debate todos os dias.
Mas à parte da decisão final, gosto principalmente de ver o respeito que estes povos têm pelo próximo. Podemos ser gordos ou magros, vegan ou viciados em carne, andarmos vestidos de preto ou de roxo, com o cabelo rapado ou comprido, sejamos médicos ou canalizadores, aqui todos são de facto iguais. E todos se dão apesar das diferenças, a simpatia e o respeito pelo próximo vinga acima de tudo.
Quero com esta viagem que os meus filhos aprendam que há muitas etnias, cores, maneiras de vestir, de alimentação, até físicas, mas que somos todos pessoas e que por dentro merecemos todos respeito.
Que por cá em casa exigirmos determinadas regras, não quer dizer que na casa do lado seja igual e isso não é errado. É apenas diferente. Todos podemos ter opiniões diferentes, somos pessoas diferentes, mas somos muito mais felizes se tivermos um sorriso e uma palavra para dar mesmo para quem não conhecemos.
É engraçado que na Austrália as pessoas na rua se cumprimentam. Não interessa onde nem quando, mas um olá e um sorriso têm sempre para dar. É contagiante.
Sabe bem adoptar este estilo simpático e não tenho dúvidas que depois destes  8 meses vou chegar a  Portugal e levar comigo este espírito australiano.

Carolina

The author administrador

2 Comments

  1. Olá Carolina!
    Como concordo contigo, se todos retribuísse-mos um sorriso talvez o mundo sorrisse de outra forma. Mas Portugal apesar de ser um país lindo ainda tem muito que crescer e a população junto com ele.
    Um beijinho para todos e obrigada por partilharem todas as maravilhas connosco.
    🙂

  2. Olá Carolina!
    Como concordo contigo, se todos retribuísse-mos um sorriso talvez o mundo sorrisse de outra forma. Mas Portugal apesar de ser um país lindo ainda tem muito que crescer e a população junto com ele.
    Um beijinho para todos e obrigada por partilharem todas as maravilhas connosco.
    🙂

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