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Kanchanaburi. É um bom nome. Há vários nomes giros neste país e que soam bem em português. Banguecoque, Chiang Mai, Chiang Rai, Phuket, Koh Samui, Krabi, Kanchanaburi…acho que pode ser este mais um dos contributos para tornarem a Tailândia um país tão visitado. De facto têm várias cidades/ilhas com nomes sugestivos, que convidam a uma visita, mas naturalmente este é apenas um factor adicional às qualidades naturais deste país.

Ao sétimo dia fizemos uma visita de uma noite a Kanchanaburi e a toda a zona do Rio Kwai. Felizmente casei com uma mulher organizada e que teve a brilhante ideia de colocar em cada uma das nossas mochilas tudo o que precisávamos para essa noite, pelo que podemos deixar as malas grandes no carro que nos acompanhou esses dois dias. Vou explicar melhor, ficámos a dormir num hotel na margem do Rio Kwai que só é acessível de barco, pelo que se tivéssemos de levar todas as malas seria “doloroso”, assim deixámos as malas no carro que ficou na outra margem do rio e fomos “leves” passar a noite ao outro lado.

Mas antes disso tivemos um dia em cheio, passeámos e tirámos fotos na ponte do Rio Kwai e visitámos uma cascata, antes de chegarmos a um local absolutamente mágico. Logo a partir do momento em que o barco nos deixou no hotel, percebemos que estávamos num sítio diferente e que nunca tínhamos experimentado em toda a vida. Estávamos sem dúvida num ambiente de selva, rodeados de natureza pura, selvagem, com inúmeras borboletas, insetos e outros animais que nunca tínhamos visto. Os miúdos estavam fascinados, mas nós também. Como é que um sítio tão simples pode ser tão bonito. O resort ajudava, também ele simples, não é um sítio de luxos, mas muito giro e excecionalmente integrado com a selva. Sentimos um prazer imenso em dar um mergulho numa piscina no meio da natureza, ainda mais quando começou uma trovoada tão característica de um local como este, não poderia ser melhor e os miúdos não poderiam estar mais felizes por estarem na piscina a chover torrencialmente. Acho que é daquelas experiências que não vão esquecer.

O jantar no hotel, uma casa única toda aberta de madeira, intensificou ainda mais a experiência que estávamos a ter, o ambiente simpático, ultra familiar, com apenas os outros hóspedes do hotel e a trovoada ao longe a fazer-nos companhia. Depois de uma noite bem dormida, passeamos toda a manhã pelos mágicos jardins do hotel, com flores e árvores que não imaginaríamos que existissem. Subimos até uma caverna próxima, mas alguns de nós (eu) ficámos a meio do percurso quando nos deparámos com centenas de morcegos a dormir no interior da caverna.

Antes de voltarmos a Banguecoque para apanhar o voo para o Norte da Tailândia, onde nos encontramos agora, ainda tivemos tempo de ir visitar o “Hellfire Pass Memorial Museum” um museu feito em memória dos prisioneiros de guerra, maioritariamente australianos e ingleses, que morreram na construção do caminho de ferro que iria ligar a Tailândia à Birmânia, construído pelo Japão em plena 2ª guerra mundial. Mais do que o museu, foi interessante poder andar com os miúdos em parte da antiga linha de ferro e poder explicar-lhes o que aconteceu na altura.

Kanchanaburi. Foi apenas um dia da nossa viagem, mas foi sem dúvida um dos dias mais especiais e intensos até agora.

Kanchanaburi. It’s a good name. There are several fun names in this country that even sound good in Portuguese. Bangkok, Chiang Mai, Chiang Rai, Phuket, Koh Samui, Krabi, Kanchanaburi… I think this is probably one of the reasons why Thailand is such a visited country, In fact, there are various cities/islands with suggestive names, which beg for a visit, though of course this is just an extra in addition to all the natural beauty of the country.

On the seventh day, we went on an overnight trip to Kanchanaburi and to the Kway river area. Fortunately, I married an organized lady who had the brilliant idea of putting all we needed in each of our backpacks, and so we were able to leave the suitcases in the car we rode in those two days. Let me explain: we slept in a hotel on the margin the Kwai river that is only accessible by boar, so taking all our suitcases would have been quite a pain, and so we left them in the car on the opposite margin and we travelled light to the other margin to spend the night.

Before all that, we had a full day: we walked and took photos on the bridge over the Kwai river and saw a waterfall, before arriving at an absolutely magical place. As soon as the boat left us at the hotel, we realized we were at a unique place, one unlike anything we had ever before experienced in our lives.  We were in the jungle, surrounded by pure, wild nature, with countless butterflies, insects and other animals we had never seen before. The kids were fascinated, but so were we. How could such a simple place be so beautiful? The resort helped make it so: simple, nota t all luxurious, but pleasant and built in harmony with the jungle around it in an exception way. It was wonderful to swim in a swimming pool in the middle of the jungle, especially when a thunderstorm started – very common around here. It was amazing and the kids were just ecstatic to be in a swimming-pool in the pouring rain. It is for sure an unforgettable experience for them!

Dinner at the hotel – a single wooden house open all around – made the experience all the more special. The pleasant, super cozy atmosphere, with only the other guests of the hotel and the thunderstorm in the distance keeping us company. After a restful night of sleep, we walked all morning in the magical hotel gardens, with flowers and trees we could never imagine existed. We climbed up to a cave close by, but some of us (me) when we came face to face with hundreds of bats sleeping inside the cave.

Before returning to Bangkok to catch a flight to northern Thailand, where we are now, we still had time to visit the “Hellfire Pass Memorial Museum”, created in memory of war prisoners, mostly Australian and English, who died building the railway connecting Thailand to Myanmar, built by Japan in WWII. More than a museum, it was interesting to walk with the kids along part of the old railway and having the chance to tell them what happened at the time.

Kanchanaburi. It was only a day, but without a doubt one of the most special and intense till now.

 

André

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