As primeiras “pegadas”

O nosso primeiro destino está a ser bem diferente do nosso país, tanto a nível de tempo, de hábitos, como de comida – Tailândia
Bem, estava um pouco curiosa de como é que o Pedro ia reagir, dos três é o que come (comia) sem dúvida pior. Tanto a Leonor como o Andrezinho devoram tudo o que veem. O Pedro não! Quando a família me perguntava e como vais fazer? Respondia a rir: “não vai conseguir estar 8 meses sem comer e além disso nos outros países as crianças também comem”.

E para minha (nossa) grande surpresa, o Pedro, cá é o primeiro a comer e a experimentar tudo. Digo a brincar que descobrimos a origem dele.
Desde almofadinhas de vegetais a rãs fritas vai um bocadinho de tudo e fica chateado se não prova, como foi o caso das baratas. A própria senhora que vendia não os deixou provar (melhor não pensarmos porquê :)).
A única coisa que temos que ter atenção é ao picante, por mais que se peça sem, é mais forte que eles. O único que não se queixa e gosta muito é o bebé.

Aqui também tivemos que adotar um hábito que para eles (nós) é diferente – a água.
Beber da torneira ou mesmo bochechar, comprar uma bebida na rua ou beber gelo é PROIBIDO. Isto claro se quisermos manter o nosso sistema digestivo salvo de qualquer crise 😉
Eles perceberam bem e muitas vezes são eles que nos chamam a atenção para termos cuidado.

E o calor e as caminhadas?
Aqui o calor é muito (mesmo), cola ao corpo. Nos primeiros dias a Leonor, queixou-se um bocadinho. Mas não deixa de ser por isso que não querem andar, ver e descobrir. Quando nós já estamos cansados e dizemos que já chega, eles ficam amuados porque quererem andar kilómetros e saber mais daquilo que estamos a ver (confesso que estamos surpreendidos pela positiva, pela maneira como estão a encarar a viagem :)). Exemplo disso foi quando fomos visitar o museu hell fire, andamos cerca de 2/3km no antigo caminho de ferro, construído durante a 2ª guerra mundial por prisioneiros de guerra para ligar a Tailândia à Birmânia e eram necessárias mais 2/3horas para darmos a volta… e por eles tinham continuado tal era o entusiasmo.
Este passeio foi já depois de irmos ver uma gruta na montanha e de termos andando e subido mais de uma hora, com 130 degraus pelo meio.

E a mudança de horários?
Muito cansaço!!! Muita novidade, muito calor, muito excitamento… A minha ideia, apesar do André me ter dito que seria impossível, pelo menos nesta parte da viagem, era levantar e deitar cedo. Não tem sido possível, levantar até temos conseguido, levantamo-nos entre as 8 e as 9h, mas deitar tem sido tarde. Para compensar têm feito sestas durante as viagens para os locais que queremos visitar, para evitarmos miúdos rabugentos. Porque aí não era bom para eles nem para nós e temos conseguido, porque o resultado são miúdos bem dispostos o dia todo.
Temos falado de diferenças horárias e eles têm feito algumas perguntas: “mãe os meus amigos agora estão na escola?”, “está de noite ou de dia” “lá também é 3ªf?”.

Se me perguntarem qual a coisa que acho que eles estão fascinados é com o tempo, poderem passear e tomar banho de piscina faça chuva ou sol, esteja o céu limpo ou a chover a cântaros não acontece todos os dias (para eles claro).

The first “footprints”

Our first destination – Thailand – has been quite the change from our country, both in terms of the weather and of food.

To our (my) surprise, here, Pedro is the first one to eat and to try everything. I sometimes joke that we found out where he’s from. From vegetable rolls to fried frogs, he’ll try everything and get really upset if he doesn’t get to try something, as was the case with the beetles. Even the lady selling them wouldn’t let him try them (better not to wonder why not J).

The only thing we have to be careful with is the spice level; even if you ask, they just don’t seem to be able to adjust it – it’s just stronger than them. The only one who doesn’t complain is the baby.

We have had to adjust to dealing with water differently. No drinking tap water or even rinsing your mouth, buying a drink in the streets or having ice. That is, if you want to keep your digestive tract intact.

The kids got the message and often they’re the ones reminding us to be careful.

What about the heat and the walks?

The heat is really (really) intense and sticks to your body. On the first few days, Leonor complained a bit. But the kids still want to walk and see everything and discover new things. When we two get tired and tell them that we’re calling it a day, they sulk because they want to walk miles and find out more of whatever we’re seeing (I admit that we’re pleasantly surprised at the way they’re taking it all in stride J).

For example, when we visited the Hell Fire Museum, we walked for 2 or 3 kilometer along the old railroad, built during the 2nd WW by prisoners of war to link Thailand to Burma, and it would take us 2 or 3 hours more to go the entire distance… and they were so excited that they would have happily continued.

What about the time difference?

Wow, we’re very tired! Lots of new things, the heat, the excitement… My plan, though André warned me that it wouldn’t work, at least in this part of the journey, was to get up early and go to bed early. It just hasn’t been possible; we actually get up early, between 8 and 9 a.m., but we’ve been going to bed quite late. To make up for the short nights, the kids have been taking naps while on the way to the places we want to visit, so we won’t have to deal with cranky kids. Otherwise, it just wouldn’t be good for any of us; this way, we have happy kids all day long.

We have talked about time differences and they have asked a few questions such as: “mom, are my friends at school now?”, “is it nighttime or daytime?”, “is it Tuesday as well in Portugal?”.

If you ask me what is the thing they’re most fascinated with, I’ll have to say the weather. Being able to walk and swim in the pool come rain or shine isn’t an everyday occurrence (to them, of course).

Carolina