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Quando decidimos entrar nesta aventura uma das coisas que queríamos era ter tempo. Mas o tempo é uma coisa tão vaga. Tempo para que? Tempo para quem? Bem gostávamos de desacelerar, de os ver crescer, de estar presentes em cada piada deles ou cada etapa do bebe. Tempo para nós como casal. Tempo em família. Tempo para fazermos aquilo que gostamos.
Mas e então? Após um mês o que dizemos deste tempo?


Continuamos a achar que o dia é pequeno para tudo o que gostávamos de fazer (risos).
A sério? Muito a sério!
Somos pessoas com alguma energia e temos/ gostamos que/de estar “ocupados” 🙂
Acordamos sem pressa, tomamos o pequeno almoço e conversamos do que fizemos e/ou do que iremos fazer. Começamos o dia, a ir ver alguma coisa ou na piscina ou mesmo na praia. Comemos pelo caminho. A tarde às vezes é mais calma outras mais agitada, mas o certo é que chegamos ao final do dia esgotados de tanta informação, brincadeira, calor (muitoooo)…
As crianças ainda se estão a habituar ao facto de estarem connosco 24h sob 24h, tanto querem a nossa atenção a 100% como muitas vezes fartam-se de nós ah ah.
Tento responder infinitas vezes á palavra ‘mãe’, os meus olhos são melhores do que os de um lince, neste momento acho que tenho mais que 8 pernas (como o polvo) já que tenho que ver um a jogar raquetes com o pai, dar mergulhos com a outra e ter a habilidade de segurar no bebe. Muitas vezes ficar com eles, enquanto o pai trabalha. Pedem atenção a todos os segundos, ainda não perceberam que não são umas férias, mas por algum tempo um modo de viver.
Apesar de tentar responder a todos os “pedidos”  já na cama penso que no dia seguinte tenho que arranjar maneira de ensinar a Leonor sobre algum tema que me lembro. (Com tantos dias, tanto tempo como não consigo?devem pensar muitas pessoas) Que tenho que pegar mais no Pedro ao colo, porque os ciúmes com o bebe continuam (como não me lembrei disto durante o dia), que gostava de ver alguma coisa no YouTube para mim, que tenho que passar as fotografias para o computador para os posts ficarem mais completos.
Porque o dia continua a passar a correr e continuamos sem tempo, porque estamos a viver tudo ao máximo, porque mesmo após um mês e pouco ainda estamos no excitamento como se fosse o 1º dia.
O tempo essa coisa tão difícil de acertar o ritmo.

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