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Mais um país, mais uma experiência, mas acima de tudo um novo sentimento na viagem.

Chegámos num dia de nevoeiro a Hanoi, num dia que não dava para perceber de imediato o que nos esperava. O movimento habitual do sudoeste asiático, os milhões de pessoas, o trânsito, o barulho das buzinas por todo o lado, o calor e a humidade, os cheiros diferentes, não há dúvida que estamos na Ásia, mas esta é uma Ásia diferente da que conhecíamos.

A primeira impressão é que o Vietname é muito menos turístico do que a Tailândia ou Bali, vê-se poucos ocidentais na rua, o que nos permite sentir que estamos a viver a vida deles e não uma vida diferente, fabricada para turistas ocidentais.

Deixamo-nos perder pelas ruas de Hanoi, antes de continuar tenho de dizer que Hanoi é neste momento a minha cidade preferida no mundo inteiro, e vou tentar explicar a razão… Hanoi é uma grande cidade com 5 ou 6 milhões de habitantes, por isso e ao contrário do que esperava, os estrangeiros são claramente uma minoria, os locais turísticos também, ou seja, praticamente todo o que vemos e fazemos é para os locais, é para eles e não algo que alguém já criou para um turista como nós, esta foi a primeira surpresa. Depois temos o caos, eu adoro viajar por cidades caóticas, precisamente porque no dia a dia em casa amo o oposto, a tranquilidade e viver num sítio sem confusão. Hanoi tem o nível de caos que eu adoro, tal com Banguecoque, ou Ubud em Bali. De seguida tenho de falar das pessoas, a genuinidade dos vietnamitas faz deles um dos povos que mais gostámos até agora, se tivesse de fazer um ranking então estariam em primeiro lugar os balineses e de seguida os Vietnamitas juntamente com os Australianos (por razões diferentes). Cada vez mais sinto que o mais importante quando viajamos são as pessoas do país que nos recebe.

Depois das pessoas temos a dinâmica da cidade e aqui Hanoi é imbatível, como é que é possível todos os fins de semana no centro da cidade o movimento ser igual a três rock in rios e duas feiras populares juntas? Mas é assim mesmo, milhares e milhares de pessoas divertem-se pelo centro da cidade, mas jogando jogos de criança (sim porque este tipo de asiático é aos nossos olhos um pouco mais infantil, parecem crianças grandes à procura de uma nova oportunidade para brincar ou para sorrir). Eles brincam alegremente ao elástico, há centenas de pessoas a ver o jogo do lenço das crianças, mais há frente uma banda de garagem canta músicas românticas para umas centenas, olho para a esquerda e vejo vários senhores de idade a jogar ao jogo de mesa local que é uma mistura de majong com damas, vendem-se todo o tipo de balões, frutas, algodão doce, o lago no centro da cidade está iluminado com cores berrantes. Numa zona mais aberta, um dj num grande palco põe música para milhares. Tento perguntar alguém se é um dia especial na cidade, mas ninguém fala inglês…só quando chego ao hotel consigo confirmar que isto é mesmo assim, sempre…

Começo a pensar que divertido é passar aqui os fins semana, o mercado nocturno também está a funcionar em pleno e há milhares de baracas para tudo comprar. Sim porque essa é outra característica do Vietname, tudo se pode comprar aqui e há coisas bem giras. Não é um daqueles países turísticos que tem sempre as mesmas coisas para vender…

Mas esqueci-me de falar do novo sentimento na viagem que nos faz receber tudo isto ainda mais felizes e completos, recebemos a visita de familiares próximos e amigos que vão viver estes dias da viagem connosco. Os dias são passados a rir, pelo grupo que somos agora e pelas características únicas do Vietname.

Estamos felizes, como os carros do lixo na cidade de Hanoi que dão música alegre e feliz por todas as ruas por onde passam.

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