Bem vindos à China

Antes de uma pessoa viajar para algum lugar, imagina como serão as pessoas, os sítios, a comida, etc. posso dizer que tudo o que imaginei nada bate certo.

Estamos cá há precisamente 3 dias e posso dizer que adoro. Tenho pena de não ter despendido mais tempo da nossa viagem aqui, acho mesmo que temos que voltar.

Acordamos 5f ainda em Hong Kong apanhamos dois metros e chegámos à fronteira, logo percebemos que estávamos num sítio diferente. Apanhamos mais dois metros, dois comboios e lá chegámos ao nosso destino – Yangshuo. E tudo começou aqui. Mal saímos da estação fomos recebidos por 20 rapazes, num sítio desterrado, todos a querem levar-nos, mas nenhum sabia onde era o nosso hotel e nenhum falava inglês. Após uns 20 minutos lá conseguimos fazer entender-nos através de gestos e fomos sem certeza se estávamos a ir para o sítio certo…

Ontem fomos fazer um passeio de bicicleta durante 5 horas, só posso dizer UAU. Este sítio é magnífico. Tem umas paisagens únicas, uma vegetação verde espetacular, pessoas simpáticas, práticas, cheias de vida, apesar de não falarem inglês (nem mesmo uma palavra) não é por isso que não falam connosco, aliás falam e muito, em chinês, e esperam resposta como se nós os entendêssemos na perfeição. A cidade ao contrário do que imaginava é limpa, não se vê lixo nas ruas. A comida não é a mesma que nos restaurantes chineses que estamos habituados, não é má, mas também não faz muito o meu género.

À noite fomos a um espetáculo de música, que foi espetacular. Agora expliquem-me se isto seria possível noutro sítio. Cerca de 30 minutos antes do espetáculo, veio um shuttle buscar-nos ao hotel e continuamos o pick-up por outros hotéis na zona. Quando chegamos o motorista explicou em chinês aos chineses como levantar os bilhetes, depois virou-se para nós e explicou novamente em chinês com a diferença de ter dito um Ok no final. Desatou-se tudo a rir nós e os chineses que estavam no autocarro, como imaginam. Seguimos para o recinto onde estavam várias pessoas a segurarem sticks com um número, em que cada um correspondia a um grupo de pessoas. Deram-nos os bilhetes, “explicaram-nos” onde era e seguimos. Conseguem imaginar a confusão de um recinto aberto com milhares de pessoas? Pois aqui não acontece, entra tudo calmamente, verificam cada bilhete, levam as pessoas a sentarem-se e o espetáculo começa à hora marcada. Um local ao ar livre, com vários milhares de pessoas, uma envolvente que só por si já valia a pena e um espetáculo onde actuam centenas de pessoas (falaram-nos em 600), com uma iluminação fabulosa.
Hoje ficámos a descansar pelo hotel e à tarde fomos conhecer o centro. Muitas muitas pessoas na rua, lojas giras e não em massa como esperava, restaurantes com boa onda, tudo arranjado. Tudo feliz e contente.
Nós aqui somos também atração turística já que para alguns nunca tinham visto crianças loiras. Tanto os mais velhos, como os mais novos tocam no cabelo do Pedro para se certificarem que é real. Pedem-nos fotografias. E nós sorrimos com a simpatia com que nos recebem.

Carolina Quina
Blue Olive around the world
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