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Hello Mr. André! How are you today?

Esta frase repete-se diariamente quando acordo em Bali, sempre de alguém com um grande sorriso nos lábios. Genuíno, de bem com a vida, de quem espera uma resposta diferente e não apenas um I’m fine thank you. De quem espera dois dedos de conversa, sobre o dia, sobre a vida, sobre o golo do Cristiano Ronaldo na noite anterior.

São as pessoas. Sem dúvida que são as pessoas que tornam Bali especial.

Bali é frenética, confusa, suja, por vezes caótica. Bali é única, mágica, relaxante, por vezes estranhamente calma, mas acima de tudo viciante.

Agora percebo o fenómeno da recorrência das viagens para Bali, de muitos portugueses que por aqui ficaram, a viver, a trabalhar, a usufruir. E não é só pelo surf, que é de facto ótimo.

Já aterrámos aqui há mais de 15 dias e posso dizer que podia ficar aqui meses, que sei que não ia dar conta do tempo passar. É tudo muito fácil aqui, tudo se resolve e há sempre alguma coisa para fazer.

Para já temos de destacar a zona de Ubud, é incrível a energia que se vive aqui, saímos de lá há 4 dias e já estamos com saudades, já conto os dias para um regresso.

Ubud é um sítio de experiências, uma terra evoluída na mentalidade, com restaurantes bons, lojas diferentes, vários centros de yoga, massagens, macacos, balineses (sempre eles), é um local para todo o tipo de viajantes, casais, famílias ou pessoas sozinhas. Diria mesmo que Ubud é perfeito para quem viaja sozinho e vê-se muita gente, mais do que em qualquer outro lugar do mundo.

Nós tentámos tirar o máximo de Ubud, subimos em família ao vulcão de madrugada para ver o nascer do sol, fizemos um longo passeio de bicicleta pelos arrozais, descobrimos os vários templos e cascatas, convivemos com macacos, fomos a festas de aniversário, tivemos o aniversário do nosso André bebé, passámos tempo de qualidade com amigos de Portugal, partimos a cabeça (o André bebé outra vez) e descobrimos os hospitais locais. Mas acima de tudo conhecemos as pessoas daqui, pessoas que não vamos esquecer pela simpatia que têm, pessoas tão simples e tão grandes.

E as praias? As praias de Bali são boas (ponto final). Há quem diga que é só para o surf, que não dão para tomar banho. Não. Em Bali há praias boas! Não são todas ok, mas há praias para todos os gostos, com mais ondas, com menos ondas, com o mar mais verde ou mais escuro, mais limpas ou mais sujas, até é possível encontrar um bocadinho das Maldivas por aqui.

E a comida, admito que estava preocupado antes de chegar. Um mês e meio na Tailândia deu para enjoar bastante a cozinha do sudoeste asiático, mas isto aqui é diferente. Come-se melhor, seja comida balinesa seja ocidental, aliás até já comemos leitão. É um prático típico daqui. E as parecenças com Portugal não se ficam por aqui, também na língua há um pouco de português, palavras como bolo, bola ou boneca dizem-se da mesma forma cá como em português.

Estamos viciados por Bali, já devíamos estar a caminho de Lombok a ilha aqui ao lado, mas vamos resistindo e ficando por aqui. Não queremos dizer adeus a esta ilha, não queremos dizer adeus a estas pessoas.

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